FATORES SOCIOECONÔMICOS ASSOCIADOS AOS CRIMES CONTRA O

Rodrigo Mariano, Paulo Rogério Scarano

Resumo


O presente trabalho objetiva fornecer evidências empíricas do impacto das variáveis socioeconômicas no nível de crimes contra o patrimônio nas cidades do estado de São Paulo para o ano de 2000. Para tanto, o Referencial Teórico parte da teoria econômica do crime, baseada nos trabalhos de Becker (1968) e Ehrlich (1973) para, em seguida, proceder a uma revisão da literatura nacional, englobando diversos estudos realizados no Brasil acerca do problema da criminalidade. Tais estudos indicaram os efeitos das variáveis socioeconômicas sobre a criminalidade em suas diferentes manifestações, entre as quais, os crimes contra o patrimônio, objeto deste trabalho. A partir de então, o trabalho segue para a análise empírica sobre os fatores socioeconômicos associados ao problema da criminalidade nos diversos municípios do Estado de São Paulo. Para tanto, será realizada uma análise econométrica, utilizando o Método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), envolvendo os municípios do estado de São Paulo no ano 2000. Estabeleceu-se como variável explicada o número de roubos e furtos consumados por cem mil habitantes (representando os crimes contra o patrimônio) e como variáveis explicativas as seguintes características socioeconômicas dos municípios: PIB per capita; densidade demográfica; desigualdade de renda; chefia feminina de família, tráfico e uso de drogas, nível de escolaridade e presença policial. Os resultados obtidos são condizentes com a teoria de base da economia do crime e apontam que as variáveis socioeconômicas podem explicar significativamente a variação nos níveis de criminalidade contra o patrimônio nos municípios estudados, com destaque para a desigualdade de renda e a presença do tráfico e uso de drogas.

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Jovens Pesquisadores - ISSN 1806-8634