DESINDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL: SETOR TÊXTIL E DE CONFECÇÕES (2011 A 2016)

Resumo

O artigo se objetiva analisar a indústria têxtil e de confecções brasileira e estudar as evidências de desindustrialização deste setor no período de 2011 a 2016. A análise se baseará nas hipóteses de que a desindustrialização precoce e nociva no Brasil, diferentemente daquela observada em países desenvolvidos, tem como principais fatores a valorização excessiva do câmbio a partir do Plano Real; o processo de abertura desregrada pela qual o Brasil passou e passa desde 1989 (governo Sarney); o histórico de altos níveis para a taxa de juros; e a falta de investimento direto estrangeiro na indústria. Inicialmente foi feito uma análise das especificidades do setor por meio do Modelo de Estrutura, Conduta e Desempenho (ECD). Em seguida, um panorama sobre os processos de industrialização e desindustrialização brasileira. E por fim, a análise das evidências de desindustrialização do setor. Os resultados analisados mostram que no período em questão, o setor não parece ter sofrido com os efeitos do fenômeno da desindustrialização. Todavia, essa conclusão não pode ser generalizada para toda a indústria de transformação, tendo visto a heterogeneidade dos setores que a compõem.